sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A vocação Religiosa

          O carisma da vida religiosa está orientado para Deus e para o mundo. A vocação religiosa é assumida por homens e mulheres que foram chamados a testemunhar Jesus Cristo de uma maneira radical. É a entrega da própria vida a Deus.
            Essa vocação no início do Cristianismo era conhecida como vida eremítica, monástica e religiosa. Nesses dois mil anos de história surgiram inúmeras ordens, congregações, institutos, sociedades de vida apostólica. Os religiosos dão  um testemunho radical de Jesus Cristo com sinal visível de sua presença libertadora, disponibilizando totalmente sua vida a Deus, à Igreja e aos irmãos e irmãs; Vivem em uma comunidade fraterna, partilham tudo  que tem, usam o amor sem exclusividade, consagram suas vidas a um carisma específico e assumem uma missão específica.Um religioso vive em primeiro lugar a sua consagração nos votos, depois, por carisma congregacional, por vocação e necessidade da Igreja.

OS VOTOS

            O carisma da Vida Religiosa é um dom para Igreja e um sinal para o mundo. Sua vida é um compromisso com o mundo. Destaca o contraste do Evangelho com a sociedade materialista. Fazem 3 votos como sinais visualizadores de uma realidade futura como sonho, mas presente como necessidade: viver mergulhado no coração misericordioso do Pai, enxertado na árvore da vida, que é o Cristo e alicerçado pela força vibrante e sempre presente do Espírito Santificador.
            O voto é para os homens e mulheres que o contemplam, sinal de que existe alguma coisa muito maior que simples realidades terrenas. Sinal mergulhado no Cristo histórico, atualizado no Cristo vivo e eucarístico presente em todas as comunidades e que aponta as realidades vindouras do Reino já iniciado.
            Seu 1º voto é o da obediência, onde homens e mulheres colocam-se numa atitude de dependência de DeusEles (as) são porta-vozes e braços de Deus. Enquanto a sociedade privilegia o poder: o ter, o(a) religioso(a) responde com o ser: ser  obediente.
            Seu 2º voto é o da castidade como oferta da própria vida. É a entrega da força vital que é a sexualidade a uma causa nobre. Vive-se a castidade canalizando a energia fundamental para as obras proféticas geradoras de vida e de esperança nas comunidades cristãs. Hoje o amor é confundido com relacionamento puramente sexual. Isto é a instrumentalização do amor e da força da sexualidade.
            Seu 3º voto é o de pobreza.  Neste voto os religiosos(as) demonstram que o TER não é tudo na vida e sim apenas um instrumento. O mundo de hoje vive o apego demasiado às coisas materiais, vive-se em um consumismo desenfreado: “As pessoas valem por aquilo que elas têm e não por aquilo que são”...  Para Deus as pessoas não são coisas, elas não valem por aquilo que têm, mas, por aquilo que são. É por isso que os religiosos(as) são totalmente desapegado as coisas materiais, e tudo que conseguem na vida dividem com a comunidade.
            O religioso não se distingue pela sua ação, mas pela sua vida, onde convivem pessoas diferentes (idade, nação, personalidade) não se casam.
Querem viver o Evangelho de um modo especial. Vivem em comunidade.
É uma forma profética de vida.

OS CARISMAS

Outra característica importante na vida religiosa é o carisma. O carisma é um dom, uma graça, um presente, está relacionado diretamente com o ser da pessoa. É aquilo que ela é, é a ação de Deus na vida da pessoa.
O carisma é a ação do Espírito Santo que potencia a pessoa para uma determinada missão. Os religiosos vivem um carisma específico, e deriva daí, a sua missão própria. Acostumamos ver os religiosos e religiosas, os irmãos, as irmãs, os padres ligado a uma congregação, à frente de grandes obras: nas escolas, hospitais, missões populares, em mosteiros e comunidades contemplativas e em tantos lugares.
Essas são as obras. São frutos de um carisma especial. São frutos do Espírito Santo.
A Vida Religiosa Inserida é desafiada na tolerância e no cotidiano da vida dos excluídos. É uma graça do Espírito Santo, partilhar da vida dos últimos. Ama-se os pobres, não por serem pobres, mas por serem pessoas humanas, “Preferidas do Pai”. Daí a gratuidade do amor.


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